Confesso que
minha relação com Lima não foi de amor à primeira vista. Vim para morar, sem
nunca antes ter estado aqui. Não me encantei na chegada, como ocorreu com
Bruxelas, Montevidéu e Santiago, cidades no exterior onde já vivi. Tive um
estranhamento com Lima, achei-a inóspita, barulhenta, grandemente desorganizada
com seus 9 milhões de habitantes. Demorei a gostar. Aos poucos, o estranhamento
foi-se transformando em simpatia, depois em carinho e, finalmente, diria até,
em amor (?!).
As cores,
aromas, sabores, a história e sobretudo sua gente, amável e atenciosa, foram-me
cativando. Hoje, mais de um ano e meio depois de me mudar para cá, sinto-me
adaptada à cidade e uma entusiasta de Lima e do Peru, um país cheio de
encantos, de grande diversidade cultural e contrastes. Sinto até uma ponta de
orgulho quando ouço brasileiros ou estrangeiros elogiando Lima ou o Peru.
Quando longe
daqui, sinto saudade do ceviche, do clima ameno, da garoazinha, das pedaladas à
beira-mar, e até, por que não dizer, das buzinadas e do
trânsito confuso. Pois é, Lima é uma cidade para descobrir aos poucos,
devagarinho, da maneira como se saboreia um ceviche picante.
Parabéns Ana Cristina, seu blog está belíssimo. Vou visitá-lo sempre. Um grande abraço. Beatriz
ResponderExcluirObrigada, Bia. Venha sempre me visitar por aqui. Beijo. Ana
ResponderExcluir